Ano passado em meados de setembro, dei uma entrevista/depoimento para a Revista Bons Fluídos cujo tema era "o papel do tempo em fatos relevantes de nossas vidas", essa matéria só saiu agora na edição de fevereiro. A jornalista, amiga de uma amiga, precisava de um personagem e me ofereci dizendo que achava que poderia contribuir falando um pouco sobre o tempo e a espera na gravidez da Valentina, que para mim tinha trazido um importante ensinamento e contribuído particularmente para o meu desenvolvimento enquanto ser humano.
Minha idéia era passar a mensagem de que a gravidez é mesmo uma espera, como dizem popularmente, estamos mesmo esperando o bebê e no processo, tive a oportunidade de verificar a importância de realmente esperar esse bebê.
Falei da paciência, do controle da ansiedade e do respeito ao ser vindouro no sentido de que é ele, bebê, que sabe a hora de chegar, de sair da barriga, de vir ao mundo como um processo natural.
Falei também que a busca por esse nascer natural, atualmente esquecido pelas fêmeas ansiosas, medrosas, mas também desinformadas, nos torna pessoas ou fêmeas mais maduras, mais sensíveis, mais serenas e que o parir em si proporciona 2 nascimentos, o do bebê e o da mãe - ou seja - a mulher elevada à enésima potência, muito legal isso!
Esclareço que em meu discurso cosidero a regra que seriam gestações de baixo risco, sem problemas que exijam a intervenção na hora do parto, sabendo inclusive que nesses casos a cesárea se faz necessária.
O tempo portanto, tem papel primordial, esperar a formação do bebê, a preparação do ninho, a formulação das expectativas maternas e paternas e o primordial respeito ao tempo do outro - o do bebê - aí talvez a primeira manifestação de respeito materno.
Falei de muitas outras coisas também, de questões pessoais que de fato não viriam ao caso serem incluídas na matéria, mas o que eu queria dizer, que foram todas as coisas que coloquei acima, não foi dito, talvez não tenha sido compreendido, ou talvez a essência seja romântica demais para alguns interlocutores, ou eu não tenha me expressado corretamente, enfim... pena...
A minha mensagem não foi decodificada, senti as informações soltas sem gancho e sem foco, por isso fiquei com a necessidade de me explicar ou de aprofundar meu discurso, tão "simplistamente" colocado na revista, pelo menos aqui em meu humilde espaço, visitado por alguns poucos amigos.
O que aprendi com essa experiência? (como perguntava a resvista) Que saber esperar, ter paciência e observar os momentos da vida nos concede o prazer de respeitar a si e ao outro em seu tempo.
Aos que leram ou lerem a revista, me concedo essa errata.
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4 comentários:
não lí a reportagem, mas já ví isso acontecer outras vezes, frases soltas dificilmente conseguem definir a completude de um sentimento, mas certas mídias jornalísticas ainda conseguem tornar isso ainda mais distante.
Mas vamos ao que interessa: adorei ler sobre a importância do tempo, especialmente durante a gravidez. Para mim, a gravidez também foi um período de grande transformação, e os nove meses, cada dia deles, foram essenciais.
um beijo
Sabrina
É..faltou esse tempo de maturação mesmo à matéria. Valeu vir aqui, para ter acesso ao seu toque pessoal. Fez difereça! Quem não tiver essa oportunidade, tb terá uma mensagem bacana a respeito do tempo, da espera e da sua escolha pessoal por esperar o tempo.
Parabéns! Sucesso para a filha linda!
Já comprei a revista... e
vou guardar o texto do blog junto com o texto publicado nela!
Cada um, a sua maneira, é muito especial: o texto do blog permite um "mergulho" maior, o texto da revista, embora mais "seco" e "direto" também estimula a reflexão.
A foto é linda!!!
Para completar, lembro as palavras da Bibiana de Érico Veríssimo:
"Como o tempo custa a passar quando a gente espera!"
Beijos,
Magda
Pri, eu vou comprar a revista, e junto vou guardar sua reportagem.
Tõ com saudades... beijos
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