17 abril 2007

Sobre Mãe e Filha


Hoje eu escrevo para você, minha filha, Valentina, com 9 meses e 27 dias, que está sapeca, serelepe, risonha como sempre, simpática, vivaz, “falante”, linda!

Ontem e hoje você foi pela primeira vez na escolinha, ou melhor, no berçário, fizemos essa opção pois a mamãe vai começar a trabalhar, depois de ter conseguido ficar um tempão se dedicando quase que exclusivamente à você.
Esse período que passamos juntinhas foi maravilhoso, não posso em nenhum momento me arrepender de tê-lo passado assim tão próxima de você, tendo acompanhado cada pequeno novo movimento que você fazia, ou aprendia, cada sonzinho emitido, cada gestozinho singelo. Ter partecipado da sua vidinha, assim tão intensamente, me fez te conhecer um tantão assim de enorme!
Como foi lindo ver o primeiro sorriso, a primeira palminha, a primeira engatinhada, a primeira sentada, a primeira levantada… e tantas outras estripulias lindas.

Realmente nada disso tem preço, fica sempre a certeza de que cada centavo que deixei de ganhar não trabalhando, desde que a barriga começou a crescer com você lá dentro, até hoje, valeu mais que um milhão, só por ter podido te acompanhar… foi e é muito bom estar com você, cuidar de você.

Mas agora, a mamãe, como ser pensante, mulher e cheia de siricuticos, precisa de mais tempo para voltar a trabalhar, não porque se encheu de você, mas porque gosta de fazer muitas coisas, inclusive cuidar de você. Nos últimos tempos tenho precisado pensar em mais coisas e tenho tido vontade de sair para fazer outras coisas legais, para ter muito mais para te ensinar e para te contar, sempre!

Geralmente a gente trabalha para ganhar dinheiro, e “com certeza” eu vou ganhar dinheiro no trabalho, mas isso não é o que mais conta, afinal nem vou ganhar tanto dinheiro assim… mas preciso trabalhar por uma necessidade maior do que a de ganhar dinheiro e um dia você vai entender o que significa isso.
De qualquer forma, também acho que eu e você precisamos saber como é o mundo lá fora, longe um pouquinho uma da outra afinal, naturalmente, não passaremos a vida toda juntinhas assim, então é bom para as duas acostumar com o mundo lá fora…

Mas sei que você vai tirar de letra tudo isso, a escolinha é bem legal, cheia de criancinhas e bebês como você, e todos podem aprender um com o outro, brincar e ter outro tipo de contato. Hoje fiquei muito orgulhosa de você e de sua independência, talvez ainda seja cedo para tirar essas conclusões, mas mesmo assim, arrisco dizer que sempre achei que você não sentiria traumaticamente essa nossa “primeira distância”, acho que sempre te mandei uma “VIBE” positiva de curtir o mundo e as pessoas que vivem nele… e isso começa com você interagindo como bebê, indo nos colinhos, sorrindo para as pessoas, querendo se comunicar, para num futuro, evoluir para as relações de amizade e o desbravamento do mundo em si.

Que bom, filha, que você é assim tão feliz, e tão atenta e vibrante ao que acontece à sua volta, você só tem a ganhar sendo assim, mantendo esse seu olhão aberto sobre as coisas e percebendo cada movimento…

Se eu tivesse que te descrever agora eu diria que você é assim, um bebê muito feliz por ser amada, por ser livre e natural, espalhafatosa, gritona, com pernas velozes, mãos super ágeis e com dois olhos enooormes na vida desde o primeiro instante que nasceu… assim minha Linda Flôr de Junho.

Com muito amor:
Mamãe Pri-Pri

2 comentários:

Ana Lúcia Keunecke disse...

Pri, lindo o que você escreveu. Como é bacana ver essa sua maturidade. Parabéns à você, mas principalmente à Valen por ter uma mãe tão dedicada como você.
Fiquei feliz que você voltou a trabalhar.
Quando der, precisamos nos ver!!
Beijos felizes, Ana e Sofia

Anônimo disse...

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