Queria muito ter conseguido escrever no domingo, o tempo, como sempre, não permitiu, mas não tarde, quero e devo relatar um pouco da emoção de ter passado meu primeiro dia das mães.
Às vezes temo ser repetitiva em minhas abordagens, mas como deixar de lado a condição de mãe? Condição essa que, nos chama para esse lugar 24h por dia, desde o instante em que acordamos, até durante nossos sonhos mais profundo, por isso, acredito que o tema maternidade seja tão recorrente nos textos desse blog.
Meu último texto retratava a felicidade de ver minha pequena se adaptando a uma nova realidade que lhe foi imposta por força das circunstâncias, depois disso tanta coisa aconteceu... a tristeza, a angústia, o choro, a dúvida, tudo por não saber se as escolhas são as mais acertadas, ou talvez por ter certeza de que essas escolhas jamais serão as mais acertadas... Tivemos um período muito difícil, talvez o primeiro de nossas vidas, minha e da Valentina, como mãe e filha, como conflito, como decisão, como culpa, como mágoa sentida. Mesmo assim, necessito acreditar que as coisas estão melhores e que esse é o caminho que devemos trilhar.
Mas ainda bem que depois de tudo isso, vem então uma outra emoção, assim tão forte, e tão mais tenra, que é a chegada do meu primeiro dia das mães... algo tão bobo, mas muito significativo... nada comercial, um sentimento mesmo, besta, mas um sentimento bom de expectativa, de chegada, de ansiedade.
Começando a se descortinar há algumas semanas atrás, quando a escolinha inicia uma série de "teasers", como contagem regressiva para este dia, enviando pequenos pensamos, frases, a cerca da mítica materna, se assim a posso chamar. Aí veio o pedido de uma contribuição em dinheiro, em nome do papai, claro!, para a compra da tal "lembrancinha". Depois o pedido de confirmação para a festinha das mamães, quando deveríamos levar um prato de doce e algo para beber, enfim... todo um preparo!
Juro que em outros tempos, encararia tudo isso como "piegas" mas, sem pudores, devo admitir que é bem legal! A festinha da escola foi na semana anterior ao dia 13/05, e foi lá que pagamos nosso primeiro mico, eu e o papai Daniel... imagine que era uma festa só de mães, mas nós dois, em nossa empolgação pueril, nem nos atinamos a este fato e fomos os 3, felizes! Só quase na hora de ir embora, percebi que o Daniel era o único pai da festa... ahahah! Ato falho total! Com certeza precisávamos, ambos, ver para crer e partilhar... Que divertido, a idéia era que as crianças fizessem bijouterias para as mães, mas no meu caso, fiz eu mesma para mim mesma.
A semana passou rapidamente e o dia 13/05/07 amanheceu um dia lindo de céu azul, azul, sol brilhando, típico dia de outono. A Valentina já estava na cama com a gente pois já tinha acordado para mamar e ficou lá.
Foi tão legal acordar como mãe no dia das mães! Parecia que eu tinha sido promovida, condecorada, sei lá! Muitos beijinhos do papai, carinhos e afagos do bebê, sorrisos de frasesinhas doces... e eu ali esperando o momento mais legal... o do cartão...
Fui tomar banho e quando terminei, voltei para o quarto e lá estava... um pacotinho em cima da cama, com um cartão, desenhado pelo papai, em cima de tudo. Olhei do lado e lá estava ele, o papai com a filhinha no colo, olhando para mim com cara de "abre, abre, abre!". Peguei o cartão e em seguida os olhos marejaram... uma singela frase e um desenho lindo dos 2 me olhando como se estivessem batendo palmas para mim... foi lindo! Dentro, para meu espanto, uma mensagem redigida pela Valen... alguns códigos indecifráveis, parte de uma mensagem secreta dela para mim...
Presente? Ah! Tinha também... mas não era o que mais importava, mas gostei muito dele e de todo o trâmite que envoleu sua aquisição, depois relatada pelo papai empolgado.
Para completar, almoço em família na casa da vó Mathilde, como sua maravilhosa lasanha e vasta opção de doces...
Quem bom, nossos últimos 2 dias das mães tinham sido muito tristes por conta de problemas de saúde das 2 matriarcas: minha avó em 2005 e minha mãe em 2006...
Que bom que este ano foi diferente! Que bom que eu também faço parte do quadro materno-familiar, que bom que temos a Valentina.
14 maio 2007
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